O CHAMADO PARA UM NOVO CICLO
- caflorescer
- Jan 29
- 2 min read
Final de 2024 e início de 2025 tem sido bittersweet como dizemos em inglês. Meu corpo começou a reclamar, a chamar atenção... por alguns momentos, eu achei que estivesse tendo um treco (sim, fui parar no hospital) ou pirando de vez.
Rezei, fiz promessa, chorei, deixei pra lá, me desesperei... até que tive um insight e ouvi a minha intuição dizendo: " isso é só uma fase se iniciando, fica calma"
Mas que raios de fase é essa?? - eu me questionava.
Você está entrando na Perimenopausa, minha querida!!
Uns meses antes de terminar o ano passado eu já estava mergulhando nesse assunto, lendo diversos livros, assistindo vários vídeos e seguindo algumas médicas especialistas nesse assunto. Parecia até que algo aqui dentro já sabia e estava me preparando antes mesmo dos sintomas aparecerem.
Para mim, ela não chegou como um sussurro e nem aos poucos... ela chegou chegando. Como muitas coisas na minha vida na verdade acontecem!
Tem sido um chamado profundo. O corpo muda, as emoções oscilam, e a alma parece me convidar a olhar cada vez mais para dentro. Tenho realmente entendido que não é apenas um processo biológico; é um rito de passagem, uma travessia que pede escuta, acolhimento, transformação e muita, muita informação.
Muitas de nós crescemos sem informação suficiente sobre essa fase (sobre quase todas na verdade né). Fomos ensinadas a temer o fim do ciclo reprodutivo, como se isso significasse uma perda de vitalidade. Mas a verdade é que a pré-menopausa não é um fim, e sim um recomeço... pelo menos tem sido para mim.
Os hormônios dançam de uma nova maneira (enlouquecidos), e o corpo pede ajustes. Ondas de calor, mudanças no sono, variações no humor e alterações no ciclo menstrual são apenas alguns dos muitos sinais de que estamos atravessando essa ponte. A vitalidade não some, ela se reorganiza. A intuição se amplia, os desejos mudam, e a necessidade de colocar limites se intensifica.
Se essa fase traz desafios, ela também traz a oportunidade de nos conhecermos mais profundamente, pode ter certeza. Cuidar do corpo com amor, buscar apoio, respeitar os ritmos internos e honrar a própria história fazem toda a diferença. O caminho se torna mais leve quando nos informamos, trocamos experiências e entendemos que não estamos sozinhas.
Estou procurando entender que não é uma despedida de quem fomos, mas um convite para nos tornarmos quem estamos destinadas a ser.
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